A cidade esquadrinhada no mapa
parece estática:
linhas e fronteiras domadas
em legendas ordenadas.
*
A cidade ao rés-do-chão
é labirinto de passos perdidos,
retórica de deambulações
e falas em transe.
*
A cidade que avisto
do alto do arranha-céu
tem uma geometria previsível.
*
Mas a outra que os olhos percorrem
com a sola dos pés
é tabuleiro de xadrez.
Analice Martins – Rio, 26/02/2018