O mar gritou em mim
sua fúria
longínqua.
*
Lembrou-me que é,
na bravura das ondas,
que o nadador
esgrime.
*
O mar me amanheceu
– rouco e altivo –
no silêncio das manhãs
praieiras.
*
Soprou um som passarinho
na pele eriçada
de poros na escuta.
(Analice Martins)